Por: Leticia Sarinho
Quem aí confia no conteúdo que consome aqui na internet? Old que muitos ficam com aquele pé atrás, porque tudo hoje em dia pode ser uma Fake News. pic.twitter.com/YOgNMLs1GT
— Revista O Berro (@BerroRevista) November 25, 2020
O que queremos saber é: o que levou a Geração Z a pensar assim? Em que momento o jornalismo, que deveria ser confiável, verídico e de interesse público, tornou-se alvo de desconfiança e descrença? pic.twitter.com/EAu6HYhNGg
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Se você está aqui, sabe que a popularização da internet e das redes sociais provocou um fenômeno que até então não existia, né?
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Pera, não sabe? Há muito tempo, numa galáxia muito distante (#nerdalert) a comunicação era diferente e a facilidade de conexão rápida e praticamente em todo lugar que estamos (qual a senha do Wi-Fi?) não existia. pic.twitter.com/hKnnc9YQC1
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Em meio a tudo isso, muita coisa mudou, inclusive o jornalismo.
Vamos ser mais claros: as gerações dos nossos pais e avós se informavam de forma diferente. Liam jornais e revistas, assistiam às notícias na TV e no rádio.
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Claro que, vez ou outra, a gente assiste um telejornal, entra num site de jornal ou de revista mas, na maioria das vezes, sabemos das notícias através das redes sociais. É assim com quase 90% dos jovens, que obtêm notícias regularmente através do Facebook.
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Esse contato é um tanto acidental, pois menos da metade alega que a notícia seja sua principal motivação para visitar o site ou aplicativo da rede social, segundo dados do Observatório da Imprensahttps://t.co/v0jBThJD2S
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As redes sociais são um grande fenômeno do século 21 e muita gente, mas muita gente mesmo passa grande parte do dia em uma delas. pic.twitter.com/tC4u4m9non
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A Criteo realizou um Relatório sobre a Geração Z e os resultados comprovam o que estamos dizendo.
Os jovens passam, em média, 11 horas por semana em dispositivos mobile. Quando consideramos os conteúdos streaming, a média é de 23 horas assistindo a vídeos, por semana.
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Porém, todas essas redes, com a exceção do twitter, pertencem a uma pessoa só: Mark Zuckerberg pic.twitter.com/wmfjpQ9EMw
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E as que não são dele, claro, são de outra pessoa como ele, um empresário ou empresária com interesses em gerar lucro vendendo publicidade para os usuários e, na real, muito pouco preocupados se as pessoas estão usando a ferramenta +
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para jurar que a terra é plana, que a vacina da Covid-19 vai ser usada para implantar um chip e controlar a vida das pessoas ou para dizer que How I Met Your Mother é melhor que Friends (#fogonoparquinho). pic.twitter.com/JUATDnGCIG
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Brigas de fandom à parte, a questão é que, com as redes sociais, qualquer pessoa tem o poder de escrever e compartilhar notícias, sem a necessidade de se comprometer com a verdade. pic.twitter.com/Q03ek6e5BG
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Um exemplo de como é fácil espalhar fake news através das redes foi em 2018, na disputa entre Jair Bolsonaro e e Fernando Haddad, quando houve a divulgação de mentiras em relação aos dois candidatos.https://t.co/atz7f3sqwy
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Mas, tanta facilidade também trouxe coisas boas, afinal, se não fossem as redes sociais, como veríamos tantos memes de gatos fofinhos todos os dias? pic.twitter.com/ugt3l5Tw6U
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Inclusive, o jornalista Rodrigo Coutinho, Assessor da Secretaria de Cultura do Estado, afirma que vê a internet como algo positivo para o jornalismo, em relação à visibilidade.
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Mas, também pontua que hoje podemos ter mais ameaças à comunicação, justamente por causa da facilidade de acesso e conexão. “A mentira hoje em dia é usada como notícia para vender, mas a gente já tinha isso, o que mudou é que agora o alcance é absolutamente maior.”
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Mas, um dos lados bons é que tanto consumidores quanto produtores de conteúdo e jornalistas têm a liberdade para experimentar diferentes formas de comunicação e linguagens.
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No caso Flordélis, por exemplo, o recurso usado por @bibssfirra para explicar o ocorrido foi uma thread no twitter direcionada à comunidade LGBTQIA+. A repercussão foi positiva, com mais de 25 mil retuítes e mais de 100 mil likes.
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Sabe como ele fez isso? Falando daquele jeitinho que provoca umas risadas gostosas. pic.twitter.com/VLNmnzQOCL
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Sabemos que é um caso muito sério, ok? Mas a maneira como foi abordado facilitou a compreensão, diferentemente da imprensa tradicional, que só falava “técniquês” e ninguém entendia nada do que estava acontecendo.
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Sabemos que é um caso muito sério, ok? Mas a maneira como foi abordado facilitou a compreensão, diferentemente da imprensa tradicional, que só falava “técniquês” e ninguém entendia nada do que estava acontecendo.
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Como boas curiosas (não fofoqueiras), falamos com Gabriel Cavalcanti para saber como que surgiu a ideia da famosa thread.
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Ele ainda reforça que, antes de ter a ideia de fazer a thread, conversou com uns amigos que não estavam entendendo nada do que estava sendo divulgado pela mídia. pic.twitter.com/S1aJNhAIQ2
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“Acho importante que o emissor pense em como o receptor vai receber aquela informação. Não adianta informar algo de uma maneira que não vai ser compreendida por quem recebe, sabe? O Jornalismo tradicional peca por se afastar da realidade de uma grande parcela da população.”
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“Facilitou bastante porque usei um vocabulário muito familiar dentro desse recorte social. A maior parte das referências são a um reality show chamado Rupaul’s Drag Race, muito popular e conhecido pela maioria dessas pessoas.” pic.twitter.com/iWOUjPbnKQ
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Gabriel explicou pra gente que precisa de muita pesquisa pra fazer uma thread
“Montei uma linha cronológica do caso para explicar, já que é uma história bem cabulosa e para entender algumas coisas era necessário que você soubesse de outra primeiro.” pic.twitter.com/xgdSiQEmzx
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Maaaaas… pic.twitter.com/kzRmGmkmwb
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Não é querendo militar fora de hora não, gente (#descansamilitante) mas, pensando direitinho…, a thread em questão foi bastante positiva, mas nem todo mundo que resolve passar informações na internet é confiável, né?
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Com mais de 20 anos de internet comercial, infelizmente, esta promessa de comunicação instantânea, democrática e global tem se demonstrado também um espaço para a prática de crimes que não surgiram com a rede mas que se potencializaram nela.
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Para regular os comportamentos na rede e torná-la um espaço mais seguro, o Brasil já dispõe de algumas leis com o intuito de tornar a internet um lugar mais seguro. Vamos conhecer algumas delas:
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Em vigor desde 23 de junho de 2014, o Marco Civil da Internet defende os princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, buscando garantir a liberdade de expressão – nos termos da Constituição – e da privacidade dos usuários.
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Atualmente, está em trâmite um projeto de lei que prevê ações para combater as fake news. O texto estabelece a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência e prevê medidas que devem ser adotadas por empresas com mais de 2 milhões de usuários.
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A chamada PL 2.630/2020, ou PL da Fake News, busca formas de identificar e derrubar contas falsas e robôs controlados por grupos políticos e econômicos que distribuem mentiras na rede.
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A PL ainda exige que os provedores consigam limitar o número de contas controladas pelo mesmo usuário para evitar, por exemplo, que um só usuário possua muitos “fakes” e consiga impulsionar postagens mentirosas.
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O projeto, que é bem extenso e também polêmico por estar sendo tocado sem amplo debate popular, trata ainda de formas que possam identificar e responsabilizar pessoas físicas que distribuem notícias falsas e quem atuar para sua disseminação.
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A intenção é fazer com que o ambiente das redes sociais não seja mais uma verdadeira Disneylândia para as fake news. Mas, que resguarde os dados pessoais dos seus usuários, sem ferir a privacidade ou a liberdade de expressão, nos termos da lei.
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Por fim, tenta ainda fazer com que as redes sociais atuem para facilitar o compartilhamento de dados com instituições de pesquisa para análises acadêmicas sobre notícias falsas e desinformação.
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Quem se posiciona contra qualquer tipo de regulamentação do ambiente das redes alega “censura” ou atentado à liberdade de expressão. Mas, o que é ter liberdade de expressão hoje em dia? pic.twitter.com/a9g4sWTges
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As pessoas precisam ser responsáveis com o que dizem e transmitem nas redes. A liberdade de expressão é um direito e precisa ser respeitado, contanto que não fira a dignidade de alguém.
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É a partir dessa linha entre a liberdade de expressão e os limites que a psicóloga Wanêssa Paiva pontua a importância de refletir acerca do que se consome na internet. Ela ressalta que as redes sociais, mesmo que promovam um ambiente de comunicação e interação, conteúdos tóxicos
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Contudo, isso não é algo exclusivo às redes, presencialmente também existe a possibilidade de escutar comentários desagradáveis ou desrespeitosos. Voltamos
novamente à rapidez e expansão que a internet ocasiona.— Revista O Berro (@BerroRevista) November 25, 2020
Por isso, vamos ter responsabilidade com o que falamos e também com o que acessamos. “Dentro do leque do universo de possibilidades ofertadas, é necessário que tenhamos sabedoria de fazer as escolhas certas para o bem estar, para sua saúde mental e saúde social também.”
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Mas como fazer isso? Observar o tempo que se passa nas redes sociais, ponderar o que se fala e restringir o que não faz bem são caminhos para buscar ter uma melhor experiência.
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“É necessário um diálogo interno para que haja a auto percepção. É necessário ponderar, filtrar o conteúdo acessado.”
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Ufa! Finalmente chegamos ao fim. Parecia que não ia acabar nunca, jaja seremos apelidadas de “Grey’s Anatomy”. pic.twitter.com/AHAj4wHwla
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Essa thread é uma prova que podemos utilizar as redes sociais a fim de debates, interações e conversas positivas, sem a disseminação de notícias falsas ou de hostilidade. No mais, só resta a curiosidade para saber que rostinho está por trás disso tudo…
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Mas esse é um segredo que eu nunca vou contar! #Xoxo pic.twitter.com/34oOw3TYk3
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