NATANAEL JUNIOR
Para muitos jovens e adolescentes, iniciar a vida adulta sem qualificação e buscar o tão sonhado primeiro emprego é um grande desafio. Muitas empresas, ao realizar o recrutamento e seleção, exigem que os candidatos se encaixem nos perfis das vagas e atendam a requisitos básicos. No entanto, muitos jovens conseguem ingressar no mercado de trabalho por meio do Programa de Jovem Aprendiz, assegurado pela Lei da Aprendizagem, sancionada em 19 de dezembro de 2000. Geralmente, as vagas oferecidas para jovens aprendizes são destinadas a candidatos com idade entre 14 e 24 anos, cumprindo uma carga horária máxima de seis horas diárias.
João Paulo Miguel da Silva, 17 anos, é morador do Pilar desde que nasceu. Para ele, assumir o cargo de jovem aprendiz no Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região em Pernambuco foi uma tarefa desafiadora. Ele foi encaminhado para a Escola Dom Bosco, localizada no bairro do Bongi, no Recife, onde está tendo a oportunidade de se qualificar em cursos profissionalizantes de Word e Excel, além de atuar no setor de fiscalização de contratos do Tribunal.
Ele revela as preferências, rotinas e sobre o aprimoramento das habilidades. “Gosto muito do meu trabalho porque é mais focado em Excel, que é uma área muito desejada e procurada”, conta. Além de utilizar o Excel, auxilia nas funções de cuidar minuciosamente das etapas do cumprimento do objeto contratado, incluindo o gerenciamento, acompanhamento e fiscalização da execução até o recebimento do objeto.
“Meu sonho profissional é ser empresário, ter meu próprio negócio, minha própria empresa. Estou verificando algumas áreas porque são muitas e é preciso escolher a certa. Acho que é importante escolher a faculdade certa para seguir uma carreira que você goste e se esforce, uma carreira que seja para você. Por isso, ainda estou investigando e estudando sobre isso”, conta.
João também diz sentir um incômodo ao ver outros jovens levando uma vida ociosa por não terem a oportunidade de se qualificar. “O que incomoda é ver que a maioria dos jovens não tem uma boa qualificação. Até porque muitos não querem. Vejo muitos que não estão nem aí para nada. Mas há alguns que querem e, para eu me destacar entre eles e motivá-los, só tendo uma carreira de sucesso para mostrar que qualquer um pode fazer o que quiser, basta ter esforço. Esforço e correr atrás, é isso”, conclui João Paulo, destacando a importância da dedicação e persistência.