BEATRIZ GALVÃO
O Real Pilar tem causado um impacto no comportamento das crianças da comunidade, promovendo inclusão social e oferecendo oportunidades de desenvolvimento pessoal e esportivo. O projeto, liderado por Júlio Silva, tem sido um ponto de apoio crucial para muitas famílias, proporcionando não apenas lazer, mas também uma estrutura que afasta os jovens das influências negativas das ruas e das distrações tecnológicas.
Para Silvana Vasconcelos, mãe solo, o Real Pilar representa mais que um simples projeto esportivo: “Eu crio Miguel, só eu e Deus. Então acho ele o segundo pai de Miguel, entendeu? Hoje meu filho é o que é por causa dele. Ele me dá força em tudo.” Esse apoio tem sido fundamental para o crescimento de Miguel, que aos 13 anos divide seu tempo entre a escolinha do Sport e os treinos no Real Pilar, demonstrando sua dedicação mesmo quando cansado. Seu irmão mais velho, Vanderley Vasconcelos, de 21 anos, também joga pelo Real Pilar e participou do amistoso contra a Unicap, mostrando o envolvimento de toda a família no projeto.
O impacto do Real Pilar vai além do esporte, estendendo-se ao bem-estar geral das crianças. Danúbia Santos, mãe de Christian Gabriel, de 14 anos, ressalta a importância do projeto: “Tira ele da atenção da rua, do celular. Ocupa a mente dele, sabe? E ainda ajuda a realizar o sonho, que é jogar futebol. A gente como mãe só quer o bem para nossos filhos, se tem alguém ali que possa ajudar eles a impulsionar esse sonho, isso é muito importante. E, no caso, Júlio ocupa esse papel”.
Ela também destaca que o projeto se preocupa com aspectos mais amplos da vida dos jovens: “Ele tenta fazer diferença, mostra o caminho do futebol. É um projeto sem fins lucrativos, sem ajuda, e a gente sabe dessa importância. O projeto é de futebol, mas não é só futebol. Ele se importa com nossos filhos, com os estudos, com o que eles estão fazendo, como está na escola e até na saúde”.
Além de oferecer um ambiente seguro e estruturado para a prática esportiva, Júlio sozinho muitas vezes leva as crianças para fora da comunidade, proporcionando experiências que seriam inacessíveis de outra forma. “Ele ajuda a dar um lazer, né? Vai lá para o Forte e para outros lugares. Aqui na Comunidade deveria ter um campo, mas não tem. Aí ele tem que ir lá para o Forte, levar essas crianças todas com ele para jogar”, explica Silvana Vasconcelos.
Essas atividades não só promovem o esporte, mas também ampliam os horizontes das crianças, oferecendo novas perspectivas e experiências. O Real Pilar faz diferença significativa na vida das crianças da comunidade, moldando não apenas futuros atletas, mas cidadãos conscientes.